HISTORIA DO C.V

Comando Vermelho é o nome de uma organização criminosa do Brasil. Foi criada em 1979 na prisão Cândido Mendes, na Ilha Grande, Rio de Janeiro, como um conjunto de presos comum e presos políticos de esquerda membros da Falange Vermelha, que lutaram contra a ditadura militar. Durante toda a década de 1990, o Comando Vermelho foi uma das organizações criminosas a mais poderosa do Rio de janeiro, mas atualmente, a maioria de seus líderes foram presos ou mortos.

O Comando Vermelho ainda controla partes da cidade e ainda é comum encontrar ruas pichadas com as letras "CV" em muitas favelas do Rio de Janeiro. Os principais grupos rivais do Comando Vermelho são o Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigos dos Amigos. O TCP surgiu a partir de luta por poder entre os líderes do CV em meados da década de 1980.

Entre os integrantes da facção que se tornaram notórios depois de suas prisões, estão Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP, Mineiro da Cidade Alta e Elias Maluco.

Uma das primeiras medidas do Comando Vermelho foi a instituição do “caixa comum” da organização, alimentado pelos proventos arrecadados pelas atividades criminosas daqueles que estavam em liberdade, o dízimo[carece de fontes?]. O dinheiro assim arrecadado serviria não só para financiar novas tentativas de fuga, mas igualmente para amenizar as duras condições de vida dos presos, reforçando a autoridade e respeito do Comando Vermelho no seio da massa carcerária.

No início dos anos 80, os primeiros presos foragidos da Ilha Grande começaram a pôr em prática todos os ensinamentos que haviam adquirido ao longo dos anos de convivência com os presos políticos[carece de fontes?], organizando e praticando numerosos assaltos a instituições bancárias, algumas empresas e joalherias. Nos dois primeiros anos dessa década, os membros do Comando Vermelho mostraram ao poder público carioca que um novo tipo de criminoso havia surgido: organizado, criterioso, bem equipado, atacando com planejamento, cuidado e, sobretudo, eficaz nas suas operações.

Exemplo desse planejamento criterioso ocorre no Conjunto Residencial dos Bancários, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Uma quadrilha associada ao Comando Vermelho infiltra-se nesse conjunto, convivendo com os bancários, obtendo informações quanto aos métodos operacionais e as medidas de segurança dos bancos. Isso deu uma apreciável vantagem organizacional nos assaltos às instituições bancárias[carece de fontes?].

Durante esse assalto, a quadrilha, comandada por José Jorge Saldanha, o Zé do Bigode, ocupa o número 313 da Rua Altinópolis, no dia 3 de Abril de 1981. Essa ocupação foi palco de uma sangrenta batalha entre as forças policiais e o líder do grupo[carece de fontes?]. Durante longas horas, Zé do Bigode repeliu todas as ofensivas policiais, matando e ferindo vários policiais que tentavam capturá-lo[carece de fontes?]. Encontrou-se em sua posse diversas armas e farta munição, o que lhe permitiu defender a sua posição ao longo de toda a noite, apesar do evidente desequilíbrio de forças envolvidas. Zé do Bigode acabaria morto, já de manhã.

Este episódio revelou uma situação até aí inexistente na comunidade criminosa: uma determinação indestrutível e irreversível do criminoso contra as forças policiais, mesmo perante a impossibilidade de fuga. No pensamento de José Jorge Saldanha, o Comando Vermelho foi o início de uma caminhada de libertação, e para proteger essa caminhada, a própria vida seria passível de sacrifício[carece de fontes?]. Nota-se então um propósito, uma razão de viver, imbuída no espírito do que representa o Comando Vermelho. Assim nasce uma nova espécie de bandido, com determinação, imbuído de um espírito quase profético, com a consciência que as suas acções ultrapassam a sua pessoa, extrapolando-se para o universo que compõe o Comando Vermelho. A cada morte, o Comando Vermelho e os seus membros tornar-se-iam mais fortes, destemidos, unidos, no desígnio que os reuniu, qual seja, a luta contra o sistema carcerário[carece de fontes?].

Ainda que os sucessos tenham sido relevantes, os assaltos a bancos são extremamente arriscados, pelo que, no final de 1982, muitos daqueles que haviam sido resgatados da Ilha Grande foram recapturados ou simplesmente mortos.

A primeira grande ofensiva do Comando Vermelho fora do presídio havia-se revelado uma derrota parcial. No entanto, uma política de segurança do Estado acabou por se revelar fundamental na propagação da força e hegemonia do Comando Vermelho pelos presídios mais importantes do sistema carcerário carioca. Em vez de isolar os líderes do Comando Vermelho de volta na Ilha Grande, entendeu-se que seria mais prudente separar a comissão dirigente e colocá-los em diversos presídios, de modo a desintegrar a organização (Anos mais tarde a mesma tática foi implementada em São Paulo com efeitos semelhantes, reforçando o poder do PCC – Primeiro Comando da Capital um erro para os estrategistas das secretarias de segurança pública estaduais e serviços de informação policial)

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